|
Universitários levam
informações sobre o Aedes Aegypti
Projeto Ciência Itinerante foi à Arbor Brasil
Teresópolis,
09/03/2016 -
Estudantes do curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário Serra
dos Órgãos (UNIFESO) participaram, no final de fevereiro, de evento
sobre doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, vetor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana. A atividade, realizada através
do Projeto Ciência Itinerante, aconteceu na empresa Arbor Brasil, a
convite do biólogo Michel Barbosa, egresso do curso de Ciências Biológicas
e atualmente funcionário da empresa.
Os estudantes Gustavo Paim de Carvalho, Karina Nunes
Serafim, Ana Caroline Siqueira Pereira e Rosiene Bartholazzi da Silva,
munidos de lupas e espécimes capturados do mosquito cedidos pela
Secretaria de Saúde puderam explicar e ilustrar
alguns aspectos do mosquito, como o seu ciclo de vida, as doenças que
transmite e as formas de prevenção.
“No Brasil, assim como em boa parte do
mundo, além do mosquito Aedes Aegypti como vetor primário, é encontrada
também a espécie Aedes Albopictus, que transmite o vírus da dengue em
países da Ásia. Embora até o momento no Brasil não esteja associado à
transmissão do vírus da dengue, esse mosquito é encontrado em regiões de
mata, onde as fêmeas tem como preferência se alimentar do sangue de outros
animais”, explicou o coordenador do curso de Ciências Biológicas,
professor Carlos Alfredo Franco Cardoso.
O professor conta também que, além do Aedes, os estudantes apresentaram
outro mosquito do gênero Culex, o Culex quinquefasciatus, mais conhecido
por pernilongo, considerado uma verdadeira praga para as pessoas que
residem em regiões quentes das Américas, Ásia, África e Oceania. “O Culex
demonstra sua preferência alimentar em especial pela espécie humana e,
portanto, é encontrado com frequência em residências. Uma característica
interessante é que as fêmeas do Aedes picam no início da manhã e no fim da
tarde, enquanto que as do Culex picam durante a noite, sendo mais
frequentes nos meses quentes e chuvosos de primavera e verão, pois a água
que se acumula no solo amplia seus criadouros. O Aedes não causa irritação
na pele, enquanto o Culex causa coceira e deixa a pele avermelhada, além
de ser muito conhecido pelo irritante zumbido”, lembrou o professor Carlos
Alfredo.
O evento aconteceu na portaria da fábrica da Arbor e na oportunidade os
funcionários que transitavam foram informados sobre a importância da
prevenção contra o mosquito e as diferentes doenças associadas a ele, como
a microcefalia e a síndrome de Guillain-Barré. “A espécie de mosquito
Culex quinquefasciatus é de grande preocupação no Brasil por ser o vetor
da Wuchereriabancrofti, agente etiológico da filariose linfática em
algumas regiões do país”, alertou o professor Carlos Alfredo, que destacou
ainda que “na avaliação dos estudantes ao final do evento, mais uma vez
foi constatado que atividades práticas como por exemplo, ações de saúde,
tornam-se relevantes para uma boa formação profissional e para o exercício
da cidadania e da prevenção, algumas das atribuições dos biólogos”.
Fonte: Unifeso / Raquel Oliveira
|
|