Câmara apura
problemas no Hemonúcleo Teresópolis
Instituição está sem captar sangue desde o início de
novembro
Teresópolis,
18/11/2015 - A Câmara de Teresópolis
recebeu na manhã desta terça, 17/10, durante Sessão Ordinária, a
responsável pelo Hemonúcleo de Teresópolis Jéssica de Souza Campos.
A hematologista elencou todas as dificuldades
de manutenção da estrutura técnica do setor, que está sem captar doação de
sangue desde o início do mês de novembro.
Segundo Jéssica Campos, o Hemonúcleo
Teresópolis é referência na qualidade da equipe técnica, no procedimento
dentro das normas exigidas por diversos órgãos, no entanto, teve que
suspender o atendimento por falta de equipamentos e segurança no manuseio
e armazenagem do sangue coletado.
“É um impacto nossa unidade estar fechada”,
alertou a médica aos transtornos causados não somente à cidade, mas a
outros municípios. O Hemonúcleo Teresópolis é a única unidade que produz
todas as bolsas do SUS da Região Serrana e atende municípios como Nova
Friburgo, Guapimirim, São José do Vale do Rio Preto, São Jesus do
Itabapoana e até mesmo Rio de Janeiro (Capital).
Questionamentos
Ao ser questionada pelo vereador Dr. Antônio
Francisco (PP), presidente da Comissão de Saúde e Assistência Social,
sobre os gastos em atender outros municípios, a diretora do Hemonúcleo
alegou que já tentou obter informações sobre o faturamento desses pactos
intermunicipais. 'Até hoje não consegui saber exatamente como funciona o
repasse de verbas que Guapimirim e São José do Vale do Rio Preto fazem a
Teresópolis', comentou Jéssica Campos explicando que todos os municípios
repassam verba dependendo da demanda.
'Outro questionamento que faço é por que a
bolsa de sangue do SUS do Hospital São José é fornecida por um banco de
sangue privado. O Hemonúcleo tem sangue só para fornecer para outros
municípios que não são de minha responsabilidade e, ao mesmo tempo, nós,
moradores de Teresópolis, pagamos para o banco de sangue terceirizado as
bolsas SUS do Hospital São José', reclamou a diretora.
Entres outros problemas relatados: falta de um
gerador de energia, a unidade não tem ar condicionado, falta de reagentes
e falta da coleta do lixo infectante, ou seja, o sangue contaminado não é
recolhido há pelo menos dois meses. “A Câmara de Vereadores pode pensar
numa emenda ao orçamento de 2016 para garantir o funcionamento do
Hemonúcleo com segurança”, sugeriu o presidente da Câmara, Maurício Lopes
(PSL).
“O secretário de Saúde tem que agir e ver
estas falhas que estão acontecendo”, afirmou o vereador Dr. Habib (PMN).
Portal Terê - Com informações da AssCom CMT
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