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Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde

Unifeso promove II Seminário Integrado

Apresentação dos pôsteres - Foto: Unifeso
Teresópolis, 08/05/2015 -
No dia 29/04 aconteceu o II Seminário Integrado dos PET-Saúde (Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde) do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO), com a apresentação dos trabalhos realizados pelo Centro de Ciências da Saúde (CCS), mostrando relevantes iniciativas que estudantes e profissionais da Instituição têm desenvolvido junto aos serviços municipais de saúde.

A UNIFESO foi uma das poucas instituições do estado do Rio de Janeiro a ter o projeto aprovado para a execução de editais do programa, vigentes até o fim do ano passado. Foram eles o “PET Linhas de Cuidado” e “PET Vigilância em Saúde” (que conta com dois projetos: “Acidentes envolvendo motociclistas” e “Vigilância Hospitalar”).

Entre os principais objetivos do PET-Saúde está a promoção de ações para a consolidação da integração do ensino, do serviço, da cidadania e da educação pelo trabalho em todos os cursos do CCS (Ciências Biológicas, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Medicina Veterinária e Odontologia). A coordenadora do PET-Saúde no UNIFESO e diretora do CCS, professora Mariana Beatriz Arcuri, ressaltou que “o principal foco é fortalecer a integração entre a formação de profissionais de saúde e a atenção oferecida pela rede municipal, tendo o cuidado, a educação e a vigilância em saúde como pilares”.

Durante o seminário, ela apontou que as propostas desse programa estão muito relacionadas com as diretrizes curriculares nacionais. “A restruturação dos cursos da área da Saúde para formar profissionais orientados por essas diretrizes é uma aproximação do MEC com o Ministério da Saúde. A sociedade mudou e o perfil do profissional que vamos formar para atender às necessidades das pessoas também tem que se adequar”, observou.

Além da professora Mariana Arcuri, a abertura do II Seminário Integrado contou ainda com os professores José Feres Abido de Miranda, Pró-Reitor Acadêmico; Rosane Rodrigues Costa, Diretora Geral do Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano (HCTCO); e Alexandre José Cadilhe, Diretor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão.

“Este seminário dá concretude e visibilidade àquilo que se pretende promover, que é a interação do processo de formação e o serviço de Saúde. Todo o trabalho que foi desenvolvido neste tempo traz concretamente a prova de como é possível melhorar a formação do profissional do serviço de Saúde. Este é um processo dinâmico e que coloca em evidência os mais variados conflitos que existem nos processos de formação e de de reorganização do sistema de Saúde no Brasil”, notou o professor José Feres Miranda.

A diretora do HCTCO, professora Rosane Rodrigues Costa, falou da importância do programa para o hospital ressaltando que são trabalhos que refletem as necessidades da sociedade. “Hoje temos a oportunidade de ter o PET dentro da unidades hospitalar, isso foi um grande ganho porque torna possível expandir o olhar para o sistema como um todo e para além da atenção básica. Acho extremamente importante estarmos dentro do Sistema Único de Saúde para a formação do estudante e capacitação das equipes”, apontou. O professor Alexandre Cadilhe considerou o estudante que participa do PET “privilegiado e diferenciado em relação ao seu currículo, e a nossa expectativa é que ele divulgue tanto o seu trabalho quanto o programa do qual ele participa”.

Após a abertura os coordenadores e tutores do PET dividiram suas experiências. A professora Monique Sandin Bartole, coordenadora do curso de Odontologia e tutora do PET Linhas de Cuidado apontou algumas situações que levaram o grupo a refletir sobre o que são as Linhas de Cuidado e a conduta do profissional, entre outras questões. Para ela, “a lógica que temos é identificar como se desenvolve uma linha de cuidado, saber como se trabalha em equipe e trazer à tona as necessidades que a rede de atenção à saúde tem. Quando o governo coloca o programa traz um desfio para a Instituição, que consiste em levar essa lógica de trabalho para os demais setores que temos. É um desafio muito grande para que possamos construir cada dia mais uma rede melhor, que suporte toda a comunidade e ninguém fique desassistido”. Também compartilharam os resultados e desafios dos trabalhos o professor Luiz Guilherme Peixoto do Nascimento, tutor do PET Vigilância Hospitalar, tendo sido o professor Daniel Pinheiro Hernandez, tutor do PET Motos, representado pelas preceptoras Débora Jones e Adriana Chaves.

O evento continuou com um lanche para os participantes e a apresentação dos trabalhos em pôsteres para os grupos PET. Cada pôster foi avaliado por dois professores. O estudante Felipe Souza, do sexto período do curso de Enfermagem, expôs o pôster “Produção do trabalho integral e transformação de práticas através do Programa da Educação pelo Trabalho”. Seu grupo ficou cerca de seis meses se dedicando a uma família composta por um casal e seus seis filhos, sendo que todos requereram necessidades especiais. “Fizemos todo o planejamento de cuidado dessa família através das visitas domiciliares. Tivemos muito autonomia neste trabalho e essa prática foi muito boa, pois nos deu a oportunidade de abordarmos diversos assuntos”, concluiu o estudante. Sua colega Gracieli Santos, do último período de Enfermagem, trabalhou no PET Moto e disse que “foi interessante porque houve a oportunidade de aprender como profissional da Saúde e ainda sobre a moto, noções de segurança, leis de trânsito, medidas do município, enfim, todo o contexto social da comunidade e da gestão política”, concluiu.

As estudantes Letícia Simas e Natália Müller, do curso de Medicina Veterinária, participaram como ouvintes para ter um primeiro contato e conhecer os trabalhos do programa. Elas viram o PET-Saúde UNIFESO como uma oportunidade de interação com outros cursos e novas realidades, e almejam no futuro participar de linhas que estejam voltadas para a área profissional delas. “Até mesmo com a questão das zoonozes, por exemplo, que são doenças que os animais podem transmitir para os humanos”, sugeriu Natália Müller.

Fonte: Unifeso / Raquel Oliveira
 

 

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