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Escola municipal tem
salas temáticas e laboratório
Cada grupo de disciplinas possui seu próprio espaço
Teresópolis, 17/04/2015 -
O Centro Educacional Nossa Senhora de Fátima (CENSF), localizado no bairro
de Fátima, em Teresópolis, vem se destacando por novas e modernas formas
de ensino.
A escola da Rede Municipal de Teresópolis vem
se movimentando para fugir da acomodação, muitas vezes comum ao ensino
público. Salas temáticas, projeto de acessibilidade, Programa Mais
Educação e um laboratório de ciências, em parceria com a UFRJ
(Universidade Federal do Rio de Janeiro), são alguns dos diferenciais que
ela vem apresentando para toda comunidade escolar.
"Todos queremos escolas que ajudem a dar asas
ao desejo dos alunos em aprender, que proporcionem condições para
desenvolver os seus potenciais e dêem oportunidades para exporem suas
ideias", afirma o secretário municipal de Educação, professor Leonardo
Vasconcellos.
Primeira escola da Rede Municipal com salas
temáticas, o CENSF já apresenta essa experiência desde 2014 e esse ano
expandiu para novas turmas. O sistema consiste em cada disciplina, ou
grupo de disciplinas, possuir seu próprio espaço. Dessa forma, os alunos
trocam de sala a cada vez que a aula acaba, ao invés do professor. Com
esse sistema, os professores podem "tematizar" suas respectivas salas de
aula com cartazes, murais e outros materiais didáticos.
Na escola funcionam atualmente dez salas
temáticas: duas de Língua Portuguesa, duas de Matemática, de Ciências, de
História, de Geografia, de Artes, de Ensino Religioso e outra
multidisciplinar. As turmas inicialmente atendidas foram as do 6° ao 9°
ano, mas em 2015 o sistema foi expandido também para as turmas do 4° e 5°
ano, no turno da tarde.
Laboratório de Ciências com apoio da UFRJ
No ensino público, as aulas de Ciências são
geralmente trabalhadas de forma teórica devido à falta de materiais
pedagógicos, o que pode torná-las cansativas e desinteressantes para o
aluno acostumado a utilizar celulares, computadores e tablets. Mestre em
Formação Científica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a
professora Cátia Cristina de Paula Costa escreveu projeto para FAPERJ
(Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de
Janeiro), em resposta a um edital de melhoria da qualidade do ensino
público.
“O meu mestrado na UFRJ visou formar mestres
capazes de gerar cidadãos críticos em relação às Ciências, para que a
disciplina não seja vista como um bicho papão. A criança quando nasce é um
cientista nato, suas investigações e curiosidades a respeito do mundo
mostram isso. Mas quando chega à escola e a ciência natural se torna a
disciplina de Ciências, ela para de gostar. Então minha proposta ao voltar
para escola foi exatamente lutar contra isso”, explica a professora.
Com o título de “A sala temática de ciências
como um ambiente alfabetizador”, o projeto escrito por Cátia visa melhoria
do ensino de Ciências no CENSF, além da alfabetização científica dos
alunos da escola pública. Contemplado pela FAPERJ com uma verba para
compra de material para equipar a sala temática com microscópios, lâminas,
modelos de órgãos e do corpo humano, além de lousa interativa, Datashow e
outros itens, faltava só um espaço adequado para montar o laboratório.
“Como as salas temáticas são utilizadas no
turno da tarde por crianças do 1° ao 5° ano, ficamos com medo de que esse
material, que será comprado pela UFRJ, ficasse em risco. Assim, levamos o
projeto ao secretário de Educação, professor Leonardo Vasconcellos, que
rapidamente encampou a ideia, enviando no começo desse ano um engenheiro
que já fez um projeto, trouxe para nossa aprovação, ficando do jeitinho
que a gente queria. Agora é ansiedade para que tudo fique pronto o mais
rápido possível”, comemora a professora Cátia.
Outros projetos
Além das Salas Temáticas e do Laboratório de
Ciências, outros projetos estão em andamento no CENSF. Este ano a escola
começou o programa Mais Educação, estratégia do Ministério da Educação
para induzir a ampliação da jornada escolar e a organização curricular na
perspectiva da Educação Integral. Com oficinas de fotografia, dança,
esporte, aprimoramento pedagógico e economia solidária, realizadas no
contra turno, a ideia é desenvolver habilidades e competências nos alunos
na questão de valorizar a aprendizagem no espaço escolar.
Outro projeto em andamento na escola aborda a
questão de acessibilidade, visando tornar a escola acessível a todos os
alunos, mesmo os que requerem cuidados especiais. O projeto inclui rampas,
banheiros e bebedouros adaptados para cadeirantes, faixas indicativas para
alunos com baixa visão, que vem atender diretamente os estudantes
atendidos pela Sala de Recursos, que funciona há cerca de três anos em
parceria com a Divisão de Educação Especial da Secretaria Municipal de
Educação.
Portal Terê - Com informações da AssCom PMT
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