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Acervo da Fundação Pro Arte restaurado pela FESO

Preservação de registros históricos e culturais

Teresópolis, 20/03/2015 - Até o dia 14 de abril, o Centro Cultural FESO Pro Arte apresenta a exposição do Projeto FESO Pro Arte - Preservando o acervo musical e histórico da Fundação Theodor Heuberger.

A visitação é gratuita, de segunda a sexta, das 9h às 19h, e aos sábados das 9h às 12h e das 14h às 17h, na galeria do Centro Cultural (Rua Gonçalo de Castro, 85 - Alto). Mais informações e a programação completa pelos telefones (21) 2644-5770 / 5762 ou pelo e-mail  centrocultural@unifeso.edu.br .

A importância desse trabalho de restauração e preservação de registros históricos é justificada pelos professores Luis Eduardo Possidente Tostes, Diretor Geral da Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO), e Verônica Santos Albuquerque, Reitora do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO), que assinam uma breve apresentação do projeto:

“A exposição ilustra a proposta apresentada aos Projetos de Preservação e Conservação da Memória Artística Fluminense, do Goveno do Estado do Rio de Janeiro, na compreensão da Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO) da necessidade de tornar acessível à comunidade um acervo de significativo valor histórico e cultural. Tal acervo contém o registro da passagem dos mais renomados músicos brasileiros e estrangeiros, no período de 1931 a 1988, pela Fundação Pro Arte Sociedade de Artes, Letras e Ciências de Teresópolis, fundada pelo comendador Theodor Heuberger. Inclui uma expressiva quantidade de revistas, partituras, fotos, recortes de jornais da época, dando visibilidade aos eventos e, de extrema importância, o livro de registro com dedicatórias, desenhos e partituras, todo manuscrito, com dados dos mais importantes nomes da música da época. O material conta ainda com o registro dos 40 anos de Curso Internacional de Férias, realizado com a presença de músicos de projeção internacional”.

Para o professor Alexandre José Cadilhe, Diretor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão do UNIFESO, trata-se de um projeto de “preservação de memórias de uma cidade que já foi sede e agenciadora de uma diversidade de ações artísticas, que tanto incentivaram a promoção da cultura em nosso país, e que muito deve nos inspirar para o planos futuros”. O professor Jorge Bragança, presidente do Conselho do Centro Cultural FESO Pro Arte, acredita na “continuidade do crescimento da atuação da Instituição nesse segmento da cultura através da interação social e da intervenção artístiva, visando ao desenvolvimento da cidadania e à integração com a comunidade na busca da desejável sociedade do conhecimento”.

Exposição

A inauguração aconteceu no dia 14 de março, quando também teve início a Série Concertos de Gala, com a Noite Espanhola. Na ocasião, o aposentado Adilson Soares da Fonseca veio prestigiar a apresentação de piano de seu sobrinho, o músico Bruno Fonseca, e aproveitou para visitar a exposição. “É um maravilha manter a história viva, preservar a cultura antiga junto à moderna. Vejo aqui valores que já conhecia pela mídia e hoje estou aqui ao vivo”, parabenizou o visitante.

A restauradora Elizabeth Soares contou que foi convidada para participar da elaboração do projeto e, com a aprovação do mesmo, iniciou com a equipe os processos de levantamento, catalogação, higienização, preservação e organização, entre outros. “O projeto foi um desafio muito grande porque quando chegamos aqui não tínha ideia do tamanho destes arquivos, e o primeiro passo foi o levantamento.

A quantidade de documentos que encontramos, desde que Theodor Heuberger chegou no Brasil, em 1924, até o final da Fundação Pro Arte, já seria o suficiente para fazer este projeto. No entanto a museóloga da nossa equipe, Noemi Ribeiro, se deparou com diversas partituras de renomados artistas, gravuras, fotografias entre outros documentos importantes dos quais resolvemos tratar. Entre essas relíquias, havia cerca de 5 mil partituras entre outros achados inesperados, e tudo isso nos demandou mais tempo que o previsto, mas valeu a pena”, detalhou Elizabeth durante a cerimônia de inauguração.

Fonte: Unifeso - Raquel Oliveira