Vereadores reajustam
os próprios salários
Aumento em Teresópolis chega a cerca de 89%
Teresópolis,
13/12/2014 - A Câmara de Vereadores de
Teresópolis, em sessão extraordinária desta quinta, 11/12, aprovou o
aumento de salário do legislativo, prefeito e vice-prefeito.
Os novos valores, com reajuste de cerca de 89%
passam a ser pagos a partir de janeiro de 2017. Atualmente um vereador
recebe R$ 4.770 e, após o reajuste, o salário será de R$ 9.019. O vereador
investido ao cargo de secretário municipal deverá optar entre o subsídio
do mandato eletivo e o subsídio do cargo de Secretário.
Segundo informações da Câmara, há 12 anos não
havia aumento salarial para os vereadores, O único vereador que votou
contra o aumento foi Cláudio Mello.
"Eu votei contra porque defendi uma audiência
pública para debater esse reajuste. Sem falar que votar esse assunto numa
sessão extraordinária, última do ano, é ruim. Temos problemas graves no
nosso município que precisam ser discutidos. E também acho que até 2017
tinha tempo para debater esse reajuste”, explicou Claudio Mello, lembrando
que torce para que haja uma mobilização social para que o legislativo
possa voltar atrás da decisão.
Em nota, a Prefeitura de Teresópolis informou
que o valor do subsídio do Prefeito é hoje de R$ 13.507 e o do
vice-prefeito R$ 5.403, valores que entraram em vigor em janeiro de 2013 e
que valerão até dezembro de 2016. Com o reajuste aprovado pelo
legislativo, o prefeito passará a ganhar cerca de R$ 18 mil, e o vice,
aproximadamente R$ 9 mil.
Declarações de vereadores:
Conforme Nota Oficial da Câmara:
O vereador Cláudio Mello (PT) discordou com o
momento para a votação. “Acho um erro político, um equívoco querer
discutir na ultima sessão do ano uma matéria dessa relevância. Eu acho que
a sociedade precisa saber a realidade e as distorções que existem dentro
do gabinete de cada vereador. Há doze anos não há reajuste para subsídio
de vereador. Diante da forma que está sendo encaminhada eu vou votar
contra a qualquer tipo de reajuste para os vereadores e para o prefeito e
vice prefeito”, justificou.
O vereador Serginho Pimentel (PRP) ressaltou a
transparência da votação. “Primeiro, apesar de estar votando no dia de
hoje, não estamos votando escondidos. Lembrando, também, de que
acontecendo o aumento, nenhum de nós vai usufruir deste subsídio. E se
alguém aqui quiser baixar o salário, pode fazer uma devolução para a
Câmara”, opinou.
O vereador Dr. Antônio Francisco (PP) disse
que o projeto vem sendo avaliado pelos vereadores e a sociedade ainda pode
ser convocada a opinar sobre o subsídio. “Já estamos discutindo entre nós
há algum tempo. Esta discussão franca com a sociedade não tem tempo. Pode
ser feita a qualquer época. Porque estamos votando aqui uma alteração não
para nós. Nenhum de nós irá ter benefício.”
O vereador Dr. Habib (PMN) “o importante é que
fique claro que o vereador de qualquer cidade do Brasil tem o direito do
salário (no valor) de 50% (do subsídio) dos deputados Estaduais. Esta Casa
nunca recebeu este valor. Há doze anos eu recebo o mesmo salário”,
afirmou.
“Se o vereador, hoje, estivesse ganhando R$100
para aumentar para R$200, a sociedade não iria admitir. Qualquer aumento
para o político brasileiro significa um aumento excessivo. Porque o
político hoje está sem prestígio nenhum. O que a nossa classe precisa
fazer é tentar melhorar a relação entre nós mesmos, a relação entre os
Poderes Judiciário e Executivo”, avaliou o vereador Dr. Carlão (PMDB).
Portal Terê - com informações da AssCom CMT
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