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Região Serrana protesta no Rio
Vítimas cobram promessas não
cumpridas
Teresópolis,
10/11/2012 - Cansados de promessas
antigas renovadas e não cumpridas pelo governo do Estado do Rio de
Janeiro, moradores da Região Serrana do Rio de Janeiro se reuniram, na tarde desta
terça-feira (6/11), em frente ao Palácio Guanabara,
para tentar falar com o governador Sérgio Cabral e protestar pela demora
no pagamento das indenizações às vítimas das fortes chuvas de janeiro de 2011,
em que
perderam suas casas nos deslizamentos de terra.
O Governador, alegando agenda externa, não
recebeu o grupo. A Guarda Municipal do Rio impediu a entrada dos
manifestantes que queriam entregar uma carta ao governador Sérgio Cabral,
com um pedido de urgência para a construção das casas, além do pagamento
das indenizações, a dragagem de rios e construção de pontes.
Oito representantes dos manifestantes foram
atendidos na Secretaria Estadual de Direitos Humanos, pelo Subsecretário
Extraordinário da Região Serrana, Affonso Monnerat, o funcionário anotou
as reclamações mas não apresentou qualquer solução. Como é de hábito, mais
reuniões devem ser marcadas nas principais cidades atingidas pela
Tragédia, entre elas Teresópolis, para nova "renovação de promessas".
Morador de Teresópolis, Rogério dos Santos veio ao Rio de Janeiro para
fortalecer o movimento. "As pessoas ainda estão recebendo aluguel social. A pessoa quer sua
própria casa, não quer receber aluguel social a vida toda. O aluguel
social é renovado a cada ano, mas eles soltam notícias de que, dentro de
um mês, 470 casas serão construídas, mas é mentira. Eles prometem, mas até
agora nada. O terreno está lá, mas pode ir lá hoje que não tem nenhuma
máquina lá", afirma.
Outras cidades
O presidente da associação do Vale do Cuiabá, em Petrópolis, José Quintela,
diz que a proximidade do verão faz com quem os moradores queiram agilizar
esse processo com medo de novas temporais.
“Nenhuma das indenizações das casas que foram perdidas com as chuvas foram
pagas. Apenas 10% das negociações que foram feitas. As casas não começaram
nem a sair da planta. O sistema de alerta de chuva não foi instalado no
Vale do Cuiabá. Nossa preocupação é ainda estar morando numa região que
foi alagada”, disse Quintela.
A dona de casa Custódia Dias, moradora de Petrópolis, afirma que perdeu
duas casas na enchente e continua atrás de seus direitos. "Eu recebi a primeira casa e minha segunda casa ficou 70% intacta, mas a
prefeitura demoliu sem o meu consentimento. Estou aguardando também a
indenização por esta casa demolida sem autorização", afirmou a moradora.
A Assessoria de Imprensa do governador Sérgio Cabral informou que não vai
se manifestar sobre o protesto. A Assessoria de Imprensa da Prefeitura de
Teresópolis não se manifestou sobre o assunto.
Portal Terê com informações da Agência O Globo
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