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Polêmica na 1ª Sessão da Câmara

Prédio lotado e manifestação política

Foto: Alexandre Costa
Teresópolis, 17/02/2010
- Na primeira Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Teresópolis, ocorrida nesta terça-feira, 15/02, as dependências do prédio do Legislativo Municipal foram tomadas por grande número de pessoas, na grande maioria, representantes de entidades de classe,  políticos e outros órgãos sociais.

A finalidade principal do grupo era a leitura de um manifesto, proposto por vinte e três entidades. O Presidente da casa, vereador Arlei, colocou a proposta de aceitação da leitura em votação. A proposição foi aprovada por unanimidade.


O advogado Nelson Filho - Foto: Alexandre Costa

Usando da Tribuna do Parlamento, o advogado Nelson Filho (OAB - Teresópolis), teve a oportunidade de fazer a leitura de uma carta, que tinha como objetivo cobrar dos Vereadores, maior fiscalização do legislativo sobre o executivo no controle de verbas, notadamente os valores surgidos após as tragédias de 12/01.

No transcorrer da sessão, foi lida a Ata de Reunião, realizada pela Comissão Especial de Fiscalização, criada através da Resolução nº 001/2011, que tem por finalidade unir esforços na fiscalização dos recursos financeiros repassados a Prefeitura de Teresópolis para ações emergenciais, para o atendimento das vítimas da tragédia de 12 de janeiro.

Composta pelos Vereadores Major Anderson, Cleyton Valentim, Waguinho, Marcelo Oliveira e Mandinho, a Comissão, em reunião realizada antes da Sessão Legislativa, fechou questão na convocação de alguns secretários do Governo Municipal para prestarem esclarecimentos sobre as atividades das empresas contratadas emergencialmente para atender o Estado de Calamidade, decretado pelo Prefeito. Os servidores Michelangelo Pimentel, Secretário de Fiscalização de Obras e Serviços Públicos; Dra Ana Cristina, Procuradora e a Sra Iara da Rocha Medeiros, da Controladoria da Prefeitura, devem comparecer para serem sabatinados pela Comissão na próxima Sessão do Legislativo, que está marcada para quinta-feira, 17.

Vereadores se manifestaram

Ademir Enfermeiro deixou registrado seu agradecimento às pessoas que se empenharam prontamente no resgate às vitimas das chuvas, desde as primeiras horas da tragédia. Pregou que todos devem deixar a vaidade de lado e se unir em torno do atendimento às vítimas da tragédia.

Claudio Mello agradeceu a imprensa pela abertura de espaço para esclarecer seus motivos na entrada da Ação Civil Pública contra os atos da Prefeitura. Em sua fala, repudiou a atitude de alguns militantes de seu partido, o PT, afirmando que a denúncia feita por ele ao MP contra a Prefeitura, segundo seu entendimento, era legítima.


Dr Carlão falou sobre o trabalho no IML, onde até hoje os corpos encontrados estão sendo levados para a identificação. Falou que não precisa ser lembrado do choro dos pais que perderam seus filhos e dos filhos que perderam seus pais, como o que foi lido no manifesto pelo Dr. Nelson Filho, pois ele assiste famílias chorando a perda de seus entes todos os dias, desde a tragédia, no desenvolvimento de seu trabalho na 110 DP, onde é Médico Legista.

Waguinho registrou o fato da mobilização de pessoas que não tem o hábito de frequentar a Casa, se unindo e comparecendo em torno de uma idéia, e que isso é válido.

O Vereador Arlei em seu discurso de encerramento, pediu ao Deputado Nilton Salomão que apareça mais em ações efetivas de ajuda à população vitimizada pela tragédia. Pois ele é um Deputado de mandato e pode ajudar mais a cidade. Arlei falou ainda, que a Câmara, em seu mandato como Presidente da Mesa Diretora, estará sempre aberta à população.

Manifestação

Foto: Alexandre CostaDurante toda a Sessão, eram ouvidas palavras de ordem vindas da parte externa da Câmara, onde um pequeno grupo de manifestantes, realizava ato político contra o Prefeito. Segundo a Assessoria de Imprensa da Câmara, o grupo "diferentemente das vinte e três instituições ali representadas pela figura do Dr. Nelson, preferiu ficar no campo das acusações, sem formalizar qualquer pedido à Câmara de Vereadores".

Incidente

Por algumas vezes, o Vereador Paulinho Carvalho tentou solicitar que o Presidente Arlei liberasse a entrada dos manifestantes na Casa, que já estava lotada, comprometendo a segurança da mesma e a continuidade dos trabalhos, no que foi rechaçado pelo Presidente.

O vereador Arlei explicou que as pessoas que estavam do lado de fora, "estavam por que queriam, pois podiam ter entrado antes". Algumas delas, inclusive, estavam em trajes que não condiziam com o Regimento Interno, implicando em descumprimento do que versa a Lei.

Portal Terê - com informações da Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Teresópolis
 

 

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