Corpos não reclamados por parentes foram enterradosQuestão humanitária e de saúde pública
Pelo Instituto Médico Legal (IML), até o início da tarde de hoje já tinham passado 312 cadáveres. Na condição de bom conhecedor da cidade, o juiz crê que existam "no mínimo quatro vezes mais soterrados" do que os que já foram encontrados. Ele estima que ao menos 30% deles jamais aparecerão. A maioria dos corpos enterrados hoje - 22 adultos e três crianças - teve a identificação levantada pela equipe de papiloscopistas do IML, da Força Nacional e do Instituto Félix Pacheco. Como os corpos não foram reclamados por parentes, o enterro foi determinado pelo juiz. No caso dos sepultamentos de corpos não-identificados, houve coleta de DNA. Com isso, futuramente será possível fazer o confronto com os dados dos parentes que forem em busca de informações. A partir de agora, segundo decisão do juiz, todos os corpos que chegarem sem que sejam reconhecidos por parentes serão liberados após a coleta de material biológico e das digitais. "Em cerca de duas horas o corpo estará saindo dignamente para ser sepultado. Não há como dar tempo aos familiares porque já estamos num estado de desmanche dos corpos, passou do estágio inicial de putrefação", concluiu o juiz. Fonte: Estadão |
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