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CRT desenvolve ações preventivas contra chuvas

Trecho da Serra tem monitoramento 24h

Imagem de arquivoTeresópolis, 28/12/2010 -  Estações meteorológicas que possibilitam o monitoramento constante das condições climáticas e a associação destas às condições geológicas a partir da correlação entre as chuvas e o histórico de deslizamentos no trecho da Serra. Esta é a principal vertente do “Monitoramento das Condições Climáticas Associadas às Condições Geológicas-Geotécnicas da Rodovia BR-116/RJ e seu Entorno”, programa implantado pela CRT, que busca reduzir possíveis acidentes ocasionados por fortes chuvas no trecho da Serra.

Por meio de diferentes estudos e com a parceria de instituições cientificas foi possível o desenvolvimento de modelos de previsibilidade de temporais e acidentes geológicos, assim como o estabelecimento do alerta meteorológico para os setores de operações e de engenharia da concessionária.

Desde que assumiu a administração da Rio-Teresópolis-Além Paraíba (BR-116/RJ), em 1996, a CRT mantém o monitoramento do trecho da Serra, entre os quilômetros 104 e 89, onde já foram executadas obras preventivas e corretivas de contenção, como instalação de tirantes, contrafortes de concreto, e chumbadores, cortinas atirantadas, implantação de telas, aplicação de concreto projetado e revegetação com plantio de espécies nativas. Desde então, foi feita a contenção em 170 pontos da rodovia, sendo destes, 30 no trecho da Serra dos Órgãos.

Além da monitoração das encostas, a CRT realiza vistoria constante da drenagem ao longo da rodovia e, para tanto, firmou contrato com a Fundação Centro Tecnológico de Juiz de Fora, da Universidade Federal de Juiz de Fora, encarregada desta ação, que acontece quatro vezes ao ano, sendo duas no período chuvoso, de dezembro a março, e outras duas nos meses restantes.

Ao lado dessas ações, desde 2006, para aprimorar as medidas preventivas relativas à influência de fortes chuvas na Rio-Teresópolis-Além Paraíba, a CRT desenvolve, por meio de convênio de cooperação técnica firmado pela empresa e pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) com o INMET e a COPPE/UFRJ, o Programa de Monitoramento das Condições Climáticas Associadas às Condições Geológicas-Geotécnicas da Rodovia BR-116/RJ e seu Entorno.

Por este programa foram instaladas na rodovia quatro estações automáticas, nos quilômetros 104 (Base de Operações da CRT), 94 (Posto Garrafão), 90 (próximo ao alto do Soberbo), próximo ao 80 (na sede da Defesa Civil de Teresópolis) e no 40 (Base de Operações da CRT), com oito sensores cada, sistema de intercomunicação CRT- INMET- COPPE/UFRJ, além de quatro inclinômetros instalados em encostas e 12 piezômetros tipo corda vibrante.

Além disso, junto às estações automáticas, na Praça de Pedágio Engenheiro Pierre Berman (Piabetá), na Base de Conservação e Manutenção (km-104) e no Soberbo (km-90) funcionam seis pluviográfos, equipamento que mede a intensidade das chuvas.

Os dados climáticos são obtidos pelas estações meteorológicas da concessionária, automática e convencional, por meio de imagens de satélites, do radar meteorológico do Comando da Aeronáutica, detectores de raio-portal Elat, assim como por informações e dados disponíveis nos principais centros de previsão do tempo e do sistema de comunicação com a CRT.

Estes equipamentos possibilitam o envio “on line” de boletins atualizados à área técnica e operacional da CRT, que permitem a análise instantânea dos dados relativos às condições climáticas, agilizando a adoção de medidas preventivas. Com a automação do sistema, os técnicos conseguem constatar a ocorrência de fenômenos naturais e a intensidade dos mesmos, a fim de minimizar os impactos destes na rodovia.

Quando, por exemplo, é emitido o alerta de que a chuva está próxima de um volume crítico pré-estabelecido, equipes do setor de operações são mantidas de prontidão nos extremos da Serra. Se os índices críticos forem atingidos, ou se, segundo o INMET, a chuva intensa for persistir, o trecho da Serra é interditado preventivamente para evitar possíveis acidentes. A Defesa Civil e a PRF também são acionadas.

O fechamento da Serra deve acontecer quando os indicativos pluviométricos detectados pelo programa alcançarem um máximo de 125mm em 24h ou 55mm em uma hora, ocasião em que se dá o alerta máximo. Para a reabertura do trecho devem ser aguardadas duas horas consecutivas, durante as quais, o índice de chuva horária tem que se manter abaixo de 5mm. Após este período, é feita a vistoria visual por técnicos da CRT para a liberação da via.

A operação eficaz de uma rodovia com as características de traçado da Rio-Teresópolis-Além Paraíba não depende somente de conhecimento técnico e de experiência no setor de engenharia, sendo necessário um suporte científico de instituições e profissionais reconhecidos de outras áreas para embasar as ações práticas. Estas parcerias, assim como os investimentos e equipamentos, permitem ampliar a previsibilidade do comportamento de determinados trechos da rodovia diante das manifestações da natureza. Desta forma, é possível reduzir o risco de acidentes provocados por chuvas intensas, que costumam ocorrer, com maior frequência, entre novembro e março, explica Clara Ferraz, superintendente de engenharia da CRT.

Telas de contenção – A CRT vem pesquisando e aprimorando suas ações para fazer frente às ocorrências provocadas pela incidência de fortes chuvas na região da Rio-Teresópolis-Além Paraíba. E entre os projetos desenvolvidos neste sentido, alguns são inovadores e inéditos no setor de rodovias brasileiro como as telas trazidas da Suíça para formarem uma barreira metálica em trecho da Serra próximo ao Soberbo. Elas são capazes de conter impactos de pedras de até 10 toneladas e a escolha pelo seu uso foi feita pela eficácia já comprovada em regiões como os Alpes Suíços.

Fonte: Assessoria de Imprensa da CRT
 

 

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