Fraude milionária acontecia em Teresópolis31 prisões foram feitas no Estado Teresópolis, 10/11/2010 - A Operação da Força-Tarefa Previdenciária ontem no Rio resultou na prisão de 31 pessoas, entre elas 15 servidores suspeitos de fraudes em benefícios do INSS de cinco agências no estado. Segundo investigadores do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e da Previdência, o grupo era acompanhado há mais de dois anos e atuava nos postos de Teresópolis,Niterói, Copacabana, Cosme Velho e Itaboraí. Os golpes podem ter gerado, no mínimo, R$ 7 milhões por mês em prejuízos aos cofres do INSS.
Os presos vão responder por formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, inserção de dados falsos e estelionato. O grupo denunciado é suspeito de fraudar benefícios assistenciais, pensões por morte, auxílios-doença e aposentadorias por tempo de contribuição. “Há casos em que o perito simulava a perícia médica, sem a presença do segurado. O sobrinho de uma das servidoras recebe benefício por incapacidade de R$ 2.800. Mora e trabalha em Londres há dois anos”, comentou o procurador do MP Carlos Alberto Aguiar. Empresas fantasmas O grupo se valia da inserção de vínculos extemporâneos (quando empresas não recolhem a contribuição ao INSS, mas o instituto tem que incluir o tempo para não prejudicar o empregado), além do uso de firmas de fachada. “Eram empresas fantasmas ou até grandes empresas que nem imaginam que são registradas como empregadoras”, explicou o delegado da PF Fernando César. Servidores também aumentavam salários e tempo de contribuição para conceder benefícios mais elevados. Como propina, o grupo cobrava três vezes o valor do benefício. “Recebiam R$ 2.800, em média”, acrescentou Aguiar. Entre os presos, há 15 servidores (um deles médico perito), dois funcionários do INSS aposentados e oito advogados, além de intermediários. Seis servidores denunciados pelo Ministério Público foram investigados e presos em outras operações. “Eles voltaram a cometer crimes”, disse Aguiar. A investigação gerou 16 denúncias em relatório de 500 páginas que aponta 139 atos criminosos. Escutas mostram que a quadrilha tratava as facilidades que vendia como “produtos”. Havia até cobrança por tirar xerox na agência, de R$ 100.
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