África do Sul
treinará em Teresópolis
Preparação da
anfitriã da Copa 2010
Teresópolis,
27/10/2009 - Teresópolis mostra, mais uma
vez, que possui toda a infraestrutura, tranquilidade e vantagens para preparar
seleções em seus campos. Desta vez, a cidade receberá a anfitriã da Copa de
2010.
Carlos Alberto Parreira voltará
à Granja Comary em janeiro, mas desta vez não será com a Seleção Brasileira.
Depois de reassumir o comando da África do Sul com a demissão de Joel Santana, o
treinador disse ao jornal inglês Sunday Times que levará os sul-africanos para
Teresópolis com o intuito de aproveitar o isolamento para arrumar o time para a
Copa do Mundo de 2010.
"A reserva já foi feita para que nós possamos treinar lá em janeiro", disse
Parreira, que, depois do Brasil, ainda passará período na Alemanha com o
selecionado sul-africano.
"Somos a única equipe com o luxo de treinar por três meses e devemos usar isso
de forma proveitosa. Devemos nos preparar como se fosse para uma guerra. O
espírito precisa ser este", explicou.
A seleção da África do Sul vive um momento complicado. Os péssimos resultados
obtidos na série de amistosos sob o comando de Joel Santana deixaram o time
desacreditado. Embora as principais críticas fossem direcionadas ao
ex-treinador, Parreira sabe que o primeiro aspecto a ser trabalhado é o
motivacional. Mesmo afastado do grupo, ele se sente preparado para fazer isso.
"A prioridade número um é trazer de volta a auto estima dos jogadores. A tarefa
é extrair energia positiva, maximizar suas forças coletivas e individuais. Todos
devem dar tudo pelo time. O que trabalhará a meu favor é o fato de eu não ser um
estranho para a situação. Conheço a cultura, as características dos jogadores,
seus pontos fortes e fracos", afirmou.
Parreira chega à África do Sul em 5 de novembro para reiniciar os trabalhos. Sua
reestreia está marcada para 14 do mesmo mês, em amistoso contra o Japão. Três
dias depois, enfrenta a Jamaica. O treinador ainda aproveitou para explicar o
motivo pelo qual aceitou retornar ao cargo e descartou que a questão financeira
tenha sido primordial.
"Não voltei pelo dinheiro, mas sim pelo prazer de trabalhar com os jogadores.
Acredito no time e aprecio o privilégio de comandar a seleção anfitriã. É algo
incalculável", afirmou, sem se arrepender de ter pedido demissão do cargo -
retornou ao Brasil para cuidar da saúde de sua mulher.
"Nunca abandonei. O que aconteceu com minha mulher poderia ter acontecido com
qualquer um. Tenho certeza de que qualquer marido, pai, mãe, filho, esposa
dedicado, se tiver sentimentos, nunca abandonaria um membro próximo da família
em um momento de necessidade. Não me arrependo da minha decisão, pois senti que
era o certo a fazer", complementou.
Fonte: Gazeta Esportiva
|