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Projeto quer reduzir riscos de desastres naturais

Moradores de áreas de risco não atendem sirenes de alerta

Ação do Projeto na Coréia - Foto: PMT
Teresópolis, 18/06/2019 -
O projeto Proteger Teresópolis, uma iniciativa do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso) e da Secretaria Municipal de Defesa Civil para reduzir a vulnerabilidade da cidade aos desastres naturais, especialmente os provocados pelas chuvas, concluiu o mapeamento das duas primeiras comunidades: Coreia e Vale da Revolta.

A ideia do projeto é, até dezembro deste ano, mapear áreas de risco em 20 comunidades da cidade.

O projeto conta com a colaboração de técnicos da Defesa Civil, de professores e de estudantes dos Centros de Ciências da Saúde e de Ciência e Tecnologia do Unifeso, que estão fazendo o diagnóstico de risco, a preparação comunitária, a análise geotécnica e o aperfeiçoamento do sistema de monitoramento e gestão.

O Unifeso disponibilizou 27 bolsas aos estudantes para o desenvolvimento de ações de extensão e pesquisa em três áreas distintas, articuladas entre si, e regidas pelo princípio institucional da integração ensino-trabalho-cidadania.

“O objetivo do Proteger Teresópolis é chegar em 2020 com o município mais preparado para enfrentar o período de chuvas. Trata-se de um projeto de sistematização de dados para a definição de um novo protocolo, tanto de sirenes, quanto de planos de redução de risco mais específicos para o município, todos agregando à área da Saúde”, explica Verônica Albuquerque, reitora do Unifeso. Além da análise das situações das moradias, estão sendo levantadas informações sobre as residências que possuem pessoas com necessidades especiais, que precisam de suporte e de atenção na hora de uma evacuação.

“Precisávamos de apoio para avançar com as políticas macro. Eram necessárias análise e modificação dos critérios de acionamento de sirenes na cidade. Hoje temos quatro parâmetros para o acionamento das sirenes, só que esses critérios são os mesmo para o estado do Rio todo, e já sabemos que a nossa realidade aqui é muito diferente. Então pensamos em criar um índice específico para cada comunidade”, conta Flávio Castro, secretário da Defesa Civil de Teresópolis.

Levantamento preliminar

Na comunidade da Coreia foram visitados 231 domicílios e identificados 770 moradores. Já no Vale da Revolta, 371 residências foram visitadas e 1.115 moradores identificados. Em ambas comunidades a maior parte dos residentes é formada por crianças de zero a dez anos.

Quando perguntado sobre o que os moradores fazem quando escutam a sirene em dias de chuva intensa, 93,5% dos moradores da Coreia disseram permanecer em suas casas. No Vale da Revolta este percentual fica em 84,6%. A média do grau de confiança na sirene ficou em 6,6 na Coreia e 6,8 no Vale da Revolta. Já o índice de confiança da população em relação ao trabalho da Defesa Civil foi alto, ficou em 8,3 na Coreia e 8,7 no Vale da Revolta.

Em relação às pessoas com necessidades especiais, na Coreia foram identificadas seis com deficiência auditiva, seis com deficiência visual e sete com transtorno mental. Na comunidade do Vale da Revolta foram encontradas 12 pessoas com deficiência auditiva, 21 com deficiência visual e 31 com transtorno mental. “Para estas pessoas, desenvolveremos, a partir do projeto, linhas específicas de cuidado de acordo com o perfil das comunidades e equacionando a questão da coletividade”, conta Verônica.

No universo dos 770 moradores identificados na Coreia, os entrevistados mencionaram 65 agravos que, de acordo com a avaliação deles, poderiam prejudicar a evacuação em situação de emergência, como: hipertensão arterial, problemas na coluna vertebral, diabetes, entre outros. Já no Vale da Revolta, os entrevistados mencionaram 155 agravos, como distúrbio cardíaco, acidente vascular encefálico, artrite/artrose, bronquite/asma, entre outros.

Próximos passos

Neste momento, o Proteger Teresópolis está mapeando a comunidade do Jardim Meudon. A expectativa é chegar ao fim do projeto com todas as comunidades de Teresópolis mapeadas, de forma que seja possível compará-las, identificar os maiores riscos e orientar as políticas públicas de defesa civil e habitação. “O resultado do mapeamento será a construção de índices de vulnerabilidade social, estrutural e geológico para cada comunidade”, explica Verônica.

Fonte: Unifeso / Juliana Lila
 

 

 

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